— Enquanto a observar-te estava,
uma questão em minha mente passou a me incomodar. Não tenho certeza se um dia
te levarei comigo, és diferente dos demais homens, pareces mais vivo que eles.
Talvez
não chegues a experimentar do meu beijo, pode ser que sejas arrebatado de meus braços sem que eu possa sentir o sabor de teus lábios ou apenas um sono leve te leve para que um dia sejas acordado e levado para longe de mim, pois um dia me foi perguntado: onde está ó Morte a tua vitória? E várias das cartas de possessão que eu tinha foram compradas, e agora só o que posso é observar-te ao longe esperando sem esperança a tua queda.
não chegues a experimentar do meu beijo, pode ser que sejas arrebatado de meus braços sem que eu possa sentir o sabor de teus lábios ou apenas um sono leve te leve para que um dia sejas acordado e levado para longe de mim, pois um dia me foi perguntado: onde está ó Morte a tua vitória? E várias das cartas de possessão que eu tinha foram compradas, e agora só o que posso é observar-te ao longe esperando sem esperança a tua queda.
Um tanto curioso a perguntei:
— Por que dizes esperar sem
esperança a minha queda, moça nefasta?
Respondeu-me a Morte:
— Porque vejo teu andar e a tua
vida, sei que és protegido daquele que decretou a minha derrota. Queria ao
menos tocar-te, mas perto não posso chegar, tenho quase certeza que nunca mais
serás meu. Foste subitamente tomado de mim, já não me pertences mais e agora
estou a prantear amargamente, pois as almas que um dia tive em minhas mãos me
foram tomadas e incessantemente busco almas que comigo queiram dançar uma
mórbida dança, mas aqueles que me foram tirados ainda pesam no âmago e o
opróbrio está sobre mim, não tenho quem me socorra e meu fim é certo.
Com um sorriso sarcástico no
rosto disse-lhe:
— Teus lamentos não suporto mais,
és objeto de escárnio para mim, saias da minha presença! Vai-te para longe de
mim e em teu lugar espera a tua hora, que de longe eu observarei a tua morte,
oh Morte.
E da minha presença se foi com
sua típica amargura e ódio sabendo de sua derrota e que sua morte era certa. E
eu a desejar nunca mais me defrontar com tal desgraçada presença. Para mim
apenas a Paz é certa e da Morte já não me lembro mais.
Rodrigo Santos.
- 22:10
- 1 Comments