A mudança das estações
é dolorosa, confusa e silenciosa, mas necessária. Do alvorecer ao por do sol
ouço o silêncio, mas algo incomoda meu coração.
Pergunto-me o que fazer
e uma voz suave responde ao meu coração em meio ao silêncio. É a voz do meu Amado
dizendo: Esta é a mudança das estações, é hora de você mudar.
O sol mudou seu brilho,
os pássaros cantam como que mais aliviados, o vento sopra mais suave e o meu
coração bate incomodado com
algo, quase angustiado.
algo, quase angustiado.
Vejo-me em dúvida em
meio à movimentação de um cotidiano que já parece não fazer sentido e digo a
mim mesmo que desejo desaparecer de em meio a tudo, então ouço uma voz que diz
que ainda há o que fazer aqui.
Quando nada mais faz
sentido e me pergunto aonde ir, novamente ouço aquela voz e me diz: Eu sou a
tua porção e a tua herança. Ao reconhecer a voz que me falava, me rendo
dizendo: Tu és para mim e eu sou para Ti.
Apesar de ser indigno
me carrega em Sua graça, e apesar de meus lábios serem impuros, me acaricia
quando calo.
As folhas vão caindo
sobre mim, o vento soprando contra minha face, pássaros por todo céu, o som das
águas em um avermelhado findar de tarde, o meu olhar distante; tudo está
mudando, à minha volta e dentro de mim. O relutante desabrochar de uma nova
flor.
Meu coração está sendo
tratado, as feridas sendo tocadas, meu íntimo sendo revirado para consertar
minha imperfeição. Mais uma vez a me quebrar, a dolorosa e necessária mudança
das estações.
Rodrigo Santos.
“É ele que nos
conforta em toda a nossa, para podermos para consolar os que estiverem em
qualquer angústia com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por
Deus.” I Coríntios 1:4
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